sexta-feira, 23 de abril de 2010

ACIDENTES : Quando só registrar e quando investigar?


Esse talvez seja um problema enfrentado por muitos profissionais de segurança, ainda mais quando a empresa apresenta um número elevado de pequenos acidentes, muitas vezes não havendo tempo para uma investigação bem feita.

Bem, para começar, uma análise precisa ser iniciada dentro das 24 horas subsequentes ao acidente para ser bem aproveitada, pois assim se conservam as evidências. Ou seja, não adianta acumular meia dúzia de ATs para investigar mais tarde... Então, o que fazer? Largar tudo e passar a semana inteira investigando acidentes ou simplesmente negligenciar aqueles que não puderem ser feitos a tempo?
Nem uma coisa, nem outra.
Os acidentes não são todos iguais. Uns são mais graves, outros mais leves, corriqueiros... Portanto, é possível que se registrem todos os acidentes para efeitos estatísticos, mas que só se investiguem aqueles com maior potencial de perda.
Uma forma sistemática de se fazer isso é utilizando o método qualitativo que cruza probabilidade de ocorrência com conseqüência. Uma forma legítima de triar os acidentes, dando prioridade aos que merecem uma completa análise de causas e somente registrando os mais leves.
Vale a pena ressaltar que “mais leve”, nesse caso, não está relacionado a lesão e sim ao potencial de perda, vejamos:

Com base na tabela, podemos considerar que todo acidente “leve” seja apenas registrado, que os “moderados” sejam investigados com base numa metodologia mais simples como os “5 porquês” e que os “altos” mereçam uma análise aprofundada de causas, como o método TASC, por exemplo.
Assim, teremos uma estatística realista, com todos os eventos relacionados e a consciência tranquila já que estaremos aplicando nosso tempo e energia à investigação dos acidentes mais importantes.

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